O autor dos disparos que tiraram a vida do sargento da Brigada Militar Ariel da Silva em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, alegou legítima defesa. Ele e outros dois agentes da Polícia Civil do Paraná que vieram ao Rio Grande do Sul investigar um sequestro prestaram depoimento nesta terça (27) na Corregedoria da Polícia Civil gaúcha.
Detalhes do depoimento foram relatados pelo delegado Paulo Rogério Grillo, responsável por investigar o caso. Segundo o corregedor, os agentes paranaenses teriam sido seguidos pelo PM, que estava à paisana e a bordo de um moto. Em um cruzamento, o militar, que não teria se identificado como policial, teria sacado uma pistola e atirado contra o carro. Um dos agentes, que observava a ação, teria revidado quase que ao mesmo tempo.
“Ele (policial paranaense) virou, ajoelhou no banco e ficou observando o que o motoqueiro (sargento da PM) faria. O motoqueiro sacou a arma e efetuou o primeiro disparo. Quase que concomitantemente, o policial paranaense efetuou quatro disparos”, descreveu Grillo.
Os tiros de metralhadora partiram de dentro do veículo onde estavam os agentes e atingiram o policial militar no peito e na cabeça. Ele foi socorrido, mas morreu a caminho do hospital. O confronto ocorreu na Avenida Planaltina, perto da ERS-020, em Gravataí, por volta da 1h30 da última quarta-feira (21). Na tarde do mesmo dia, o cativeiro procurado pelos agentes do Paraná foi localizado pela Polícia Civil. Na operação de resgate, um dos dois reféns foi baleado e morreu no local.
Após prestaram depoimento, os policias do Paraná seguiram para a carceragem do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil gaúcha, localizado no Palácio da Polícia, na Avenida Ipiranga. Lá, eles serão mantidos pelo menos até a próxima semana, quando uma reconstituição da morte do sargento será realizada. A Corregedoria ainda aguarda os laudos da perícia para prosseguir com a investigação.
Fonte: G1 Rio Grande do Sul (RBS)
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