quarta-feira, 18 de abril de 2012

Agentes da PF realizarão amanhã operação-padrão em todo Brasil

No Rio Grande do Sul, protesto ocorrerá nos postos de fronteira e no Aeroporto Salgado Filho


Agentes Polícia Federal (PF) promoverão nesta quinta-feira uma operação-padrão nos aeroportos, portos e postos de fronteira de todo País para denunciar a falta de condições de trabalho e a precariedade de controle nesses locais, com crescente terceirização de atribuições de competência desses servidores. 

No Rio Grande do Sul, o protesto ocorrerá pela manhã nos postos de fronteiras localizados em Bagé, Chuí, Jaguarão, Livramento, Santo Ângelo (postos de Porto Xavier e Porto Mauá), São Borja e Uruguaiana e, nas primeiras horas da tarde, no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre.

Conforme a categoria, a população receberá panfletos explicativos sobre a fragilidade dos serviços de segurança. A operação-padrão será marcada pela fiscalização da documentação e das bagagens de todos os passageiros que desembarcarem ou embarcarem no País. Segundo os policiais federais, o serviço deveria ser uma rotina, mas isso não acontece por falta de pessoal e de estrutura, sendo normalmente realizada uma amostragem.

O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul (Sinpef/RS), Paulo Renato Silva Paes, observa que a PF tem atualmente 13 mil servidores, entre policiais e administrativos, número considerado “insuficiente para o cumprimento de todas as suas atribuições, entre outras, a emissão de passaportes, o policiamento de portos e aeroportos, e o controle e fiscalização de mais de 16 mil quilômetros de fronteiras”. Para agravar, acrescentou o dirigente, os cortes orçamentários a cada ano estão sucateando a instituição.

Já o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink, a operação-padrão nos aeroportos brasileiros é também um protesto contra as terceirizações em funções exclusivas da PF. “O terceirizado não pode ser usado nem para as atividades-meio na PF, quanto mais para as atividades-fim. Estão tentando terceirizar as pessoas para exercer uma atividade de policial, como autorizar a entrada de estrangeiros no País”, reclama.

Para o presidente da Fenapef, além da falta de condições para trabalhar, os policiais federais também são atingidos pela falta de reajuste salarial. “De 2002 para cá, a PF teve o menor índice de reajuste salarial. Teve 78% de reajuste, ao passo que outras instituições tiveram 400% de aumento. Somos o grupo que tem o menor salário dentro do executivo”, constatou.

Na próxima semana deve ocorrer uma assembleia-geral para decidir quais serão os próximos passos do movimento. Wink afirmou que a categoria pode decidir, ainda, se começará uma greve. “Vamos nos reunir e ver o que fazer. Uma greve não está descartada”, antecipou.
Fonte:CP

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