Grupo aplicava golpes e torturava com vibrador em Pelotas, diz polícia

Dois homens foram presos e facão usado em torturas apreendido. Um papeleiro e um pescador eram usados como "laranjas" pela quadrilha.

A polícia desarticulou uma quadrilha de estelionatários que aplicava golpes estimados em até R$ 1 milhão em bancos de Pelotas e São Lourenço do Sul, na Região Sul do Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (5). O líder do grupo e seu auxiliar foram presos. Na casa do braço direito do chefe da facção foram apreendidos um vibrador, um facão e uma tábua de madeira, que seriam usados para torturar outros integrantes da quadrilha e "laranjas" que pudessem denunciar o esquema.

Homens torturavam laranjas e integrantes da

quadrilha

A polícia suspeita que pelo menos mais sete pessoas participavam dos golpes. O chefe da quadrilha foi preso em casa, em São Lourenço do Sul, e deve responder por estelionato, formação de quadrilha, tortura e estupro contra membros do próprio grupo. "Eles compravam uma empresa em boas condições de documentação, transferiam para laranjas e começam a pedir crédito em bancos para comprar mercadorias. Quando tinham um bom volume de crédito, começavam a dar o calote", diz o delegado Sandro Bandeira.

Material foi encontrado em uma casa em Pelotas

As investigações começaram em dezembro, quando foi descoberta uma empresa de informática de fachada no Centro de Pelotas. Um papeleiro e um pescador eram usados como "laranjas". Era através desta empresa, que foi adquirida pela quadrilha, que as contas em bancos eram abertas e os empréstimos eram feitos. Parte do dinheiro adquirido ilegalmente era usada para comprar equipamentos para a loja de informática. Os produtos eram armazenados em três depósitos. A polícia suspeita que o material era revendido para outras empresas. O 

volume de dinheiro movimentado pode chegar a R$ 1 milhão.