terça-feira, 3 de abril de 2012

Operação contra o contrabando prende suspeitos no RS e em SC

Polícia cumpre nove mandados de prisão e detém suspeito em flagrante.

Foram apreendidos CDs e DVDs virgens, além de equipamentos eletrônicos.

Material apreendido no RS e em SC pela Polícia Federal
 (Foto: Divulgação/ Polícia Federal)
A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira (03) 10 suspeitos de integrar uma quadrilha de contrabando de mídias e equipamentos eletrônicos na Região Sul do Brasil. Dois homens foram detidos em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, três foram detidos em Florianópolis (SC) e outros cinco entre Balneário Camboriú(SC) e outros municípios da região. A informação é da delegacia da PF em Bagé, na Campanha gaúcha.


Ao todo, foram expedidos 10 mandados de prisão e outros 18 de busca e apreensão. Uma das pessoas procuradas não foi localizada até as 11h. Entre os detidos, um homem não tinha prisão decretada, mas foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e também é suspeito de integrar a quadrilha.

Também foram apreendidos CDs, DVDs e equipamentos eletrônicos, como impressoras, além de veículos. Até por volta das 11h, a polícia ainda não havia feito a contagem do material.

O chefe da Delegacia da PF em Bagé, Mauro Lima Silveira, explicou que os mandados de prisão não abrangeram todos os suspeitos de pertencer à quadrilha. Segundo ele, o objetivo era prender os líderes, para suspender as atividades.

"A ideia não é a antecipação de pena. É uma medida cautelar para evitar que o crime continue sendo cometido. O foco era quem detinha poder de comando. Há outros 10 que não foram objeto de medida por deter poder menor", declarou.

Os demais suspeitos devem ser indiciados em 30 dias. A polícia investigava a quadrilha há dois anos. Neste período até antes da ação desta terça, 18 pessoas foram presas em flagrante. A PF também diz ter apreendido mais de 1,1 milhão de unidades de mídia, 15 impressoras, 300 telefones celulares, 200 cartões de memória e um veículo furtado.

"Houve um crescimento de trabalho operacional em virtude da Operação Sentinela. A partir daí a Polícia Federal e os técnicos de investigação da Receita Federal se apegaram a esta quadrilha, que utilizava os entrepostos da Fronteira, principalmente Santana do Livramento e Bagé, para comercializar a mídia em Santa Catarina. Dependendo da quantidade e da demanda, mandavam pra outros estados", explicou o delegado.

A ação foi batizada como Operação Kamuri, uma alusão a Balneário Camboriú, município onde, segundo a polícia, mora um dos principais líderes do grupo. A PF estima que em três anos de atividade, a quadrilha tenha trazido ao Brasil cerca de 30 milhões de mídias, o que representa que R$ 7,5 milhões deixaram de ser arrecadados pela Receita Federal.

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