Um grupo de engenheiros agrônomos da Embrapa Clima Temperado de Pelotas esteve reunida, recentemente, com produtores de arroz cachinho do município de Sentinela do Sul, para tratar dos avanços quanto à cultura, bem como do projeto que está sendo implantado no município, que desde meados de 2011, recebe por parte deste órgão federal um investimento em pesquisa técnica, superior aos R$ 300 mil.
O Projeto tem por finalidade ser pioneiro no RS, tornando o município referência e pólo de estudo, comercialização e de desenvolvimento do grão. Junto à Câmara de Vereadores, foram trabalhados temas como plano de manejo, combate de pragas à lavoura até a certificação da cultura da lavoura orgânica orizícula.
O grupo de cinco engenheiros agrônomos dividiram suas apresentações em cinco pautas específicas, por temas. Segundo avaliações do encontro, o consumo de produtos orgânicos vem aumentando ano a ano, por conta dos benefícios que trazem para a saúde.
A expectativa dos promotores do evento é a de que, neste projeto, as prefeituras parceiras venham a adquirir com o tempo, este tipo de arroz orgânico e, adotem em seus cardápios, junto à merenda escolar.
A Embrapa pretende ainda, dentro das ações estabelecidas alcançar uma “transição” entre a produção convencional do arroz cachinho, nos municípios cobertos pelo projeto, até se chegar a produção orgânica, que, mesmo diante de uma eventual baixa produtividade consegue ser compensado pelo preço final.
Estiveram presentes em mais esse encontro com os produtores associados à Associação de Produtores de Arroz Cachinho (APACSS), os seguintes engenheiros, Paulo Ricardo Reis Fagundes, José Alberto Petrini, Cley Donizeti Martins, José Francisco da Silva e Maria Laura Turino.
No que consiste o projeto:
A Embrapa está investindo em Sentinela do Sul recurso próprio na ordem de R$ 328,5 mil, para desenvolver pesquisa a respeito da cultura do arroz cachinho. Em parceria com o departamento municipal de Meio Ambiente foi aprovado junto ao Sistema Embrapa de Gestão (SEG). Ele tem por objetivo organizar o sistema produtivo do arroz cachinho no território centro sul do Estado, com vistas ao resgate cultural e a agregação de valor ao produto.
No montante deste recurso, 317 mil são referentes ao custeio das atividades de pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologia a serem realizadas na Embrapa e em áreas de produtores no Município, sendo outros R$ 11,5 mil investidos em equipamentos de laboratórios.
No projeto participaram além da Embrapa a Prefeitura Municipal; unidades da Embrapa Tecnologia Agroindustrial de Alimentos e o SNT Escritório de Negócios de Capão do Leão; também estão engajados os escritórios da Emater/RS locais e da região, a Associação de Produtores de Arroz Cachinho (APACSS) e envolve mais de 25 técnicos e pesquisadores.
Tempo de execução
Contando com vinte e cinco atividades, distribuídas em seis planos de ação, o projeto, previsto para ser executado em três anos, envolve desde a agregação de valor à cadeia produtiva do arroz cachinho por meio do desenvolvimento de processos e produtos industriais alternativos, como arroz integral e arroz com leite, pré-prontos para o consumo ao aproveitamento dos co-produtos e das possíveis propriedades nutricionais; passando pela caracterização da produção do cereal na região.
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