terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Policiais paranaenses suspeitos de matar PM chegam a Porto Alegre


Policiais paranaenses suspeitos de matar PM chegam a Porto Alegre


Agentes devem prestar depoimento na Corregedoria nesta terça-feira.
Polícia investiga ação que resultou na morte de dois inocentes em Gravataí.

Os três policiais civis paranaenses suspeitos de participarem do assassinato de um sargento da Brigada Militar em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, já estão na capital gaúcha. Eles se apresentaram por volta das 23h desta segunda-feira (26) no Palácio da Polícia.
Escoltados por policiais do Paraná e do Rio Grande do Sul, os agentes vieram de carro de Curitiba até Porto Alegre. A chegada à capital gaúcha estava prevista para o início da noite, mas atrasou em função de um engarrafamento próximo a Florianópolis, em Santa Catarina.
Segundo o delegado Odival Soares, diretor da Divisão Judiciária e de Operações da Polícia Civil, os agentes paranaenses ficarão detidos na carceragem do Grupamento de Operações Especiais (GOE) até prestarem depoimento na Corregedoria de Polícia, previsto para esta terça-feira.
A Corregedoria investiga a morte do PM Ariel da Silva, 40 anos, na madrugada da última quarta-feira (21), em Gravataí, quando os policiais procuravam o local onde dois empresários de Quatro Pontes (PR) eram mantidos reféns por sequestradores. Horas depois, um dos reféns também morreu durante a operação de resgate comandada pela polícia gaúcha.
Foto: Reprodução/RBS TV


Entenda o caso
- O sargento Ariel da Silva, 40 anos, foi morto a tiros por volta de 1h30min da madrugada de quarta-feira (21) por policiais civis do Paraná que investigavam um caso de sequestro no Rio Grande do Sul. Silva estava em sua moto indo visitar o pai doente quando avistou o carro com os três integrantes do Grupo Tigre, unidade de elite da polícia do PR. De acordo com depoimento dos policiais, Silva abordou o carro armado e disparou primeiro. Os policiais paranaenses reagiram e mataram o sargento.

- A assessoria de imprensa da Polícia Civil do Paraná informou ao G1 que o contato com as autoridades do Rio Grande do Sul seria feito na manhã de quarta-feira (21) por outra equipe que se deslocava ao estado para o mesmo caso. O chefe de polícia do Rio Grande do Sul, delegado Ranolfo Vieira Junior, confirmou que não havia sido avisado.

- Os três policiais paranaenses prestaram depoimento em Gravataí e foram liberados. Horas depois, a Justiça decretou a prisão dos agentes, quando eles já estavam em deslocamento para Curitiba. Segundo o promotor André Luís Dal Molin Flores, eles não teriam apresentado argumentos convincentes sobre o episódio.

- A Polícia Civil paranaense emitiu uma nota lamentando o fato. O texto afirmava que as investigações prosseguem, mas que os três envolvidos no crime foram afastados por apresentarem "condições psicológicas abaladas".

- Outra equipe do Grupo Tigre veio ao Rio Grande do Sul. No início da tarde de quarta (21), policiais civis de Gravataí, com base informações repassadas por esses agentes, faziam buscas na cidade na tentativa de libertar os dois empresários que eram mantidos reféns. Ao encontrarem o cativeiro, os policiais flagararam os sequestradores saindo da casa e houve tiroteio. Um dos reféns foi morto.

- No início da noite, o delegado Leonel Carivali, da 1ª Delegacia Regional Metropolitana, disse em entrevista coletiva que a ação que resultou na morte de um empresário foi comandada por policiais gaúchos e não teve a participação direta dos agentes paranaenses.

- Os reféns vieram de Quatro Pontes (PR) ao Rio Grande do Sul atraídos por uma oferta falsa de venda de uma máquina agrícola com preço abaixo do mercado. De acordo com a polícia, quando chegaram a Porto Alegre, foram rendidos por uma quadrilha de sequestradores formada por gaúchos e paranaenses.

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