Autoridades decretaram luto oficial
Egípcios reagem com indignação ao massacre em campo de futebol e carregam a bandeira nacional em frente ao estádio do time de Al Ahly, no Cairo Foto: Amr Nabil / AP |
A morte de ao menos 74 pessoas durante uma confusão entre torcedores de dois times adversários gerou nestas quinta-feira protestos no Egito. Manifestantes interromperam o tráfego nas principais avenidas da capital Cairo e se organizaram para ocupar a Praça Tahir, no centro da cidade. O local se tornou o símbolo da contestação nacional desde a renúncia do ex-presidente Hosni Mubarak, no ano passado.
Vários manifestantes se uniram a outros que estão acampados na praça desde 25 de janeiro - data em que celebram o início da revolta contra o regime Mubarak. Na tentativa de evitar novos conflitos, policiais reforçaram a segurança na região da Praça Tahrir.
Egípcios lotam estação de trem à espera de amigos e parentes que chegariam de Port Said ao Cairo nesta quinta-feira. Foto: AP |
O clima de tensão aumentou, depois da confusão na quarta-feira envolvendo torcedores do time Al Ahly (do Cairo) e rivais do Zamalek (Porto Said, na costa). A confusão ocorreu depois de o árbitro ter apitado o fim do jogo, cujo placar foi 3 a 1 para o Al Ahly. As autoridades do Egito decretaram luto oficial.
Não há números precisos sobre a quantidade de feridos. Porém, a imprensa egípcia informa que são dezenas. De acordo com relatos, o policiamento no estádio onde houve o jogo era insuficiente e havia torcedores com facas e objetos cortantes. A tragédia ganhou o nome entre os egípcios de Massacre de Porto Said.
Egípcios carregam caixão em necrotério do Cairo nesta quinta-feira. Foto: Mahmud Hams, AP |
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