A assembleia geral da semana passada (16) já entrou para o calendário de mobilizações históricas da categoria. Mais de dois mil policiais se fizeram presentes. Os agentes policiais defendem, sim, tabela que estabeleça a verticalidade de salários na proporção certa para todos. Rechaçaram com vigor a ampliação do abismo salarial, que será superior a 350% com a nova proposta do governo.
Um agente de primeira classe teria rendimento bruto de 4,8 mil reais em 2018 e um delegado em início de carreira, 17,5 mil reais. O governador Tarso Genro, ex-ministro da Justiça, quer que aceitemos, em 2012, o mesmo golpe sofrido há 20 anos. Não vamos permitir que a farsa histórica se repita agora, em ano de eleição municipal, como tragédia.
Se o governo pretende alegar dificuldade de caixa para os agentes, deliberou-se também que sejam zeradas todas as negociações já havidas na Polícia Civil, porque a instituição é uma só. Política salarial tem que ser única, mas a do governo privilegia o topo da hierarquia remuneratória.
Como demonstração da importância do nosso trabalho e valor, também é momento de ampliar a Operação Cumpra-se a Lei. Nas regiões onde a adesão é maciça, as estatísticas de remessa de inquérito já despencaram. Agentes não cumprem mais atribuições de delegados de Polícia.
Paralisação
A paralisação tem início às 8h30 de quarta-feira, dia 21 de março, e se encerra às 18 horas de quinta-feira, dia 22.
Neste período, todos devem ir às DPs, mas os serviços ficarão restritos aos casos de homicídio, latrocínio, estupro, lesão corporal grave e sequestro. A restrição é idêntica para flagrantes.
Quem ainda não se convenceu, é hora de aderir à Operação Cumpra-se a Lei. Os serviços essenciais mantidos nos dias de paralisação devem observar rigorosamente atribuições trazidas pelo Código de Processo Penal, inclusive para requisições de medidas protetivas da Lei Maria da Penha.
Em Porto Alegre, a Ugeirm convoca os policiais para concentração na Área Judiciária do Palácio da Polícia a partir de 8h30 da manhã de quarta-feira (21).
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