Construção do centro obstétrico do município começou há um mês. Há dois anos e meio, não são realizados partos na cidade
Obras deverão ser concluídas em dezembroFoto: Marcelo Oliveira |
No final do ano, o choro de recém-nascidos pelo Sistema Único de Saúde voltará a ser ouvido em Guaíba. Há um mês, estão em andamento as obras da maternidade, que ficará em uma área junto ao pronto atendimento do município. Depois de cinco licitações que atrasaram a construção, prevista para estar pronta no primeiro semestre de 2011, o projeto saiu do papel.
- Até o final do ano, a maternidade deve estar concluída - afirma a secretaria municipal da Saúde, Liliana Altmayer.
Desde que a Justiça interditou o centro obstétrico do Hospital Nossa Senhora do Livramento, em agosto de 2009 - em função das dívidas da instituição -, a cidade ficou sem partos pelo Sus. Até que as obras terminem, as gestantes continuam a realizar o pré-natal nos postos de saúde da cidade e, na hora do parto, são encaminhadas para os hospitais Fêmina e Presidente Vargas, na Capital.
- Investimento total de R$ 2 milhões
A obra é realizada pela Izydros Engenharia Ltda., que deve entregar a maternidade já com o mobiliário (balcões, armários, bancadas) instalado. Em paralelo, a secretaria fará a licitação dos equipamentos para que, quando o prédio for entregue, eles sejam instalados, e o centro obstétrico já comece a operar.
São 1.148m² de área, com um investimento de R$ 2 milhões, com repasses do Estado, do Conselho Regional de Desenvolvimento e de verbas municipais. A maternidade atenderá, ainda, pacientes de Barra do Ribeiro, Eldorado do Sul, Mariana Pimentel e Sertão Santana.
Guaibenses são raros
Desde que a maternidade do Livramento foi interditada, só há duas formas de nascer em Guaíba: ou em partos muito urgentes feitos no pronto atendimento, ou de forma particular, no Centro Obstétrico da Unimed. Afora isso, todos os filhos de gestantes trazidos para nascer na Capital são registrados como porto-alegrenses. Ou seja: desde 2009, os guaibenses são raros.
Mesmo assim, isso não interfere, por exemplo, no repasse de recursos para o município, já que, para isso, são utilizados os dados do Censo 2010 do IBGE. Eles levam em conta o número de habitantes (em torno de 95 mil).
O que será oferecido
A estrutura contará com dez leitos, três quartos semiprivativos, quatro privativos, bloco cirúrgico, centro de parto, centro de materiais, área administrativa, lavanderia e centro de nutrição e dietética, entre outros setores.
- Prefeitura estuda parceria
Para gerir a maternidade, a prefeitura estuda a possibilidade de uma parceria com uma instituição que já tenha experiência no setor. Se for assim, 70% dos serviços serão pelo Sus, e o restante, particular ou convênio.
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