terça-feira, 10 de abril de 2012

Facção violenta é suspeita por ameaças de morte a juíza de Porto Alegre

Bando Bala na Cara estaria forçando magistrada a decretar liberdade de um preso envolvido em homicídio


Integrantes da facção Bala na Cara são suspeitos de intimidar a juíza Elaine Maria Canto da Fonseca, que vive sob proteção de seguranças do Tribunal de Justiça do Estado (TJ) em razão de ameaças de morte contra ela e a família. 

Uma das linhas de investigações do Ministério Público (MP) converge para o grupo criminoso que teria interesse em forçar a magistrada a decretar a liberdade de um preso envolvido em processo de homicídio que tramita na 2ª Vara do Júri de Porto Alegre, onde a juíza trabalhava até ser transferida por determinação do TJ.

Detalhes das buscas aos autores das ameaças são mantidos em sigilo. A suspeita contra os Bala na Cara cresceram após um criminoso ligado ao bando alardear que tinha encomendado a morte do promotor de Justiça Eugênio Amorim, que atua na 1ª Vara do Júri da Capital. 

O episódio foi descoberto há cerca de 20 dias. Investigações indicaram que a ameaça a Amorim seria infundada, e ele dispensou o serviço de escolta com segurança especial que lhe foi oferecido.

— Já recebi várias ameaças veladas. Inclusive, na semana passada, num intervalo de julgamento, um réu apontou dois dedos para mim, simulando o disparo de um tiro. Mas essa (ameaça) dos Bala na Cara foi uma das mais sérias, porque a informação veio de um advogado. Ao longo dos tempos, as instituições não têm tido o devido cuidado com os profissionais do júri, que merecem um tratamento diferenciado, pelo embate frente a frente, olho no olho — afirma o promotor.

Embora não tenham surgido pistas concretas de que Amorim corria risco de morrer, os telefonemas intimidatórios recebidos pela juíza Elaine despertaram atenção sobre a facção. O bando tem perfil para cometer esse tipo de crime (veja quadro ao lado).

— A juíza é linha dura, e eles seriam capazes disso (matar a magistrada). Basta ver o nome da gangue — comentou uma autoridade ligada ao Ministério Público que pediu para o ter o nome preservado.

O objetivo dos criminosos seria de intimidar a magistrada para que ela soltasse um preso. Para que não ficasse claro qual era o detento, a juíza deveria aceitar o pedido de soltura de todas as solicitações encaminhadas a ela em um determinado espaço de tempo.

Há duas versões sobre o interesse do bando na liberdade do detento. A primeira: o desejo puro e simples de um aliado ganhar a liberdade. E a segunda, mais cruel: o homem seria inimigo dos Bala na Cara e deveria chegar às ruas para ser assassinado.
Fonte:ZH

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