Grupo agia próximo à saída dos terminais do Porto
Em operação realizada na manhã deste domingo, a Polícia Civil de Rio Grande prendeu três homens suspeitos de integrarem uma quadrilha de roubo a caminhões, com cárcere privado, na saída do porto de Rio Grande. A ação, resultante de investigações que vinham sendo realizadas desde dezembro do ano passado, mobilizou 21 agentes das delegacias do Município e foi coordenada pela delegada Caroline de Bem, titular da 3ª DP, localizada no balneário Cassino. Um quarto suspeito está sendo investigado. o alvo da quadrilha são cargas de uréia e polietileno, que são receptadas por algumas empresas e fazendas. Os receptadores ainda estão sendo investigados.
Conforme a delegada, a abordagem dos ladrões aos caminhões ocorria no trevo da BR-392, no trecho conhecido como Estrada da Barra, na saída do Porto de Rio Grande em direção a Pelotas. Quando o motorista diminuía a velocidade para fazer a curva no local, com uma arma, os assaltantes quebravam o vidro do veículo e rendiam o motorista. Um deles levava o caminhoneiro para um matagal existente naquela área, onde o mantinha refém. Dois levavam o caminhão até o destino da carga - locais próximos de Pelotas e Porto Alegre -, sendo que um dirigia o caminhão e o outro seguia em um carro como batedor. Outro ficava próximo ao mato para depois pegar o que estava com o motorista. Todos usavam toucas ninjas.
Quando a carga chegava ao destino, o que estava com o motorista era avisado. Este liberava o refém, mas o orientava a esperar meia hora até sair do mato. Segundo a delegada, de dezembro de 2010 até agora, foram realizados sete roubos a caminhões na saída do superporto rio-grandino. Nos últimos meses, ocorria um por mês.
A operação foi realizada por volta das 6h30min, constituindo-se no cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva. Na casa de um dos suspeitos foi apreendida uma arma. Na ação, também foram apreendidos vários celulares, que podem ser de vítimas da quadrilha, e três veículos usados nos roubos.
Caroline de Bem observou que o prejuízo para as seguradoras das cargas é alto, considerando o valor destas. Uma carga de polietileno, por exemplo, tem valor de R$ 100 mil, segundo ela.
Fonte: Carmem Ziebell / Correio do Povo
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