PELOTAS - PM temporário suspeito de matar taxista no Sul. Vítima foi agredida no centro de Pelotas, após confusão na saída de boate
Luiz Carlos Cardoso, 62 anos |
Botina, como era conhecido, trabalhava havia mais de 30 anos como taxista. Por colegas e familiares, foi descrito como “um homem sem inimigos”. O envolvimento na situação que desencadeou sua morte foi considerado uma prova de coleguismo.
De acordo com uma testemunha, que pediu para não ser identificada, o PM e outro homem teriam entrado em um táxi. Porém, antes de o veículo iniciar a corrida, o motorista desceu do carro. Os passageiros também foram para fora e agrediram o condutor. Outros taxistas, que estavam no ponto em frente a uma boate, foram em direção ao local da briga.
Neste momento, um dos passageiros agrediu a vítima, causando cortes em sua cabeça. Os colegas prestaram auxílio e esperaram pela sua recuperação, enquanto seguranças da casa noturna apartavam a briga que continuava.
– Foi quando um deles disse que era policial militar. Pedi que ajudasse, que segurasse o amigo. Fiquei indignado com a atitude dele – afirmou a testemunha.
Os dois suspeitos, então, saíram a pé. Os taxistas encontraram os passageiros na esquina das ruas Félix da Cunha e General Netto. Houve nova discussão. Um dos homens teria tentado agredir a vítima, que teria passado mal. Ele chegou a ser conduzido ao hospital, mas não resistiu.
– Meu pai tinha 62 anos, mas era como se fosse uma criança. Estava sempre brincando com as netas, comigo – lamenta a filha do taxista Beatriz Cardoso.
Brigada Militar afirma que agressor estava de folga
Segundo o subcomandante do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), capitão Rodrigo Bastos Alves, o PM temporário é de Camaquã e estava de folga em Pelotas. Foi preso e está sob custódia no quartel do batalhão na cidade a partir de sua saída da delegacia. A homologação do auto de prisão em flagrante era aguardada para que fosse feita a transferência para o Presídio Regional Militar, em Porto Alegre.
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