Foto: Vinícius Costa |
Em reunião realizada nesta sexta-feira, o sindicato dos professores do Rio Grande do Sul recusou a proposta de reajuste feita por representantes do governo estadual. O governo disse que o máximo que pode pagar aos professores é R$ 1.260,00 até 2014, mas os educadores cobram o cumprimento da lei nacional do piso, que estabelece um salário básico de R$ 1.451,00. O Estado paga hoje o pior valor para a categoria no País, cerca de R$ 800 para uma jornada de 40 horas semanais.
O secretário estadual da Educação, Jose Clovis de Azevedo, apresentou à direção da entidade proposta que anteciparia em dois meses a segunda parcela de reajuste de 23,5%, de novembro para setembro. Segundo o governo, com a recusa fica mantido o projeto na íntegra, que deve ir à votação na Assembleia Legislativa na terça-feira.
Para esse dia, os professores planejam uma nova paralisação, cobrando o apoio dos deputados para o cumprimento da lei nacional.
Na tarde desta sexta-feira, os educadores realizaram uma grande marcha até o Palácio Piratini dentro da programação da paralisação nacional.
Na tarde desta sexta-feira, os educadores realizaram uma grande marcha até o Palácio Piratini dentro da programação da paralisação nacional.
O governo estadual é contra a forma de reajuste do piso, com base no Fundeb, e defende que a reposição seja feita a partir do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação. Embora considere justa a reivindicação dos professores, o governador Tarso Genro (PT) - que assinou a lei do piso em 2008, quando era ministro - disse que o aumento com base no Fundeb seria possível apenas com ajuda da União. "Permitir que portarias ministeriais substituam negociações coletivas é destruir o pacto federativo", disse ao se referir ao aumento de 22% concedido pelo Ministério da Educação (MEC) em fevereiro deste ano.
Paralisação nacional
Em todo o País, os professores organizam um movimento de alerta e devem paralisar as atividades por três dias - desde quarta até esta sexta-feira - para cobrar de governos estaduais e prefeituras o pagamento do piso nacional do magistério, o cumprimento da jornada extraclasse, o investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação, entre outras demandas. A secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Marta Vanelli, acredita que a paralisação possa resultar em greves, conforme as assembleias das categorias nos Estados.
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