Duas empresas da agroindústria em São Borja e Camaquã, no Rio Grande do Sul, começaram a produzir etanol do arroz em escala experimental. A ideia é criar uma alternativa para a produção do combustível e ainda destinar o grão de arroz que não for consumido como alimento, dos tipos 3 e 4, para uma nova função.
De acordo com o engenheiro agrônomo Valdecir José Zonin, especialista em biocombustível da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul e doutorando em agronegócio na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o aproveitamento de pequena parte da produção de arroz para o etanol diminuirá o acúmulo de estoque e poderá aumentar o preço do produto. “Isso interessa aos produtores porque vai equalizar os preços”, afirmou. Zonin disse, no entanto, que a produção de etanol do arroz não deve ser prioritária, mas complementar.
Ainda segundo o agrônomo, a produtividade do arroz para o etanol pode ser equivalente ao rendimento da cana de açúcar e é superior ao do sorgo e do trigo, sendo 420 litros de etanol por tonelada. Apesar do potencial, ainda não está rpevista a produção em escala comercial. Atualmente, a legislação brasileira regula somente o uso do etanol extraído da cana.
Uma nova linhagem de arroz para produção do combustível está sendo desenvolvida em Pelotas (RS), na Embrapa Clima Temperado. O tamanho do grão é duas vezes maior e pode chegar ao mercado nos próximos anos. A agricultura gaúcha fornece ainda a casca do grão para alimentar duas termelétricas, em que a casca queimada produz vapor e movimenta as turbinas.
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