Ele estava morando em Jaboatão e foi morto no dia 2 de dezembro de 2011. Corpo foi encontrado em engenho e havia sido enterrado como indigente.
Delegada Gleide Ângelo Foto: Katherine Coutinho
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O corpo do gaúcho Eder Barbieri, de 34 anos, desaparecido há cinco meses, foi identificado nesta semana no Recife. Ele morava em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, e foi morto no dia 2 de dezembro de 2011, tendo o corpo sido encontrado pela polícia no dia seguinte em um engenho no município de Escada.
De acordo com informações do laudo do Instituto Médico Legal (IML), ele foi morto com um tiro na cabeça e, em seguida, teriam jogado gasolina e queimado o corpo. "Acreditamos que queriam dificultar a identificação, mas duas digitais foram preservadas e, com isso, conseguimos identificá-lo com toda a certeza. A família dele foi informada ontem à noite", afirma a delegada Gleide Ângelo, à frente do caso junto com o delegado Alfredo Jorge.
O homem foi enterrado como indigente e só foi identificado agora, quando a polícia do Rio Grande do Sul passou o caso para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). "O caso chegou para nós há 15 dias. Pedimos para que eles enviassem para nós o prontuário civil, onde tem as digitais dele. Encaminhamos para o IITB [Instituto de Identificação Tavares Buril] e eles compararam com todos os cadáveres que deram entrada desde o dia 2 de dezembro", explica a delegada.
A família deu queixa do desaparecimento em Porto Alegre, no dia 17 de dezembro, dizendo que ele não entrava em contato há 15 dias. Ele veio para o Recife como caminhoneiro há um ano e meio, mas trabalhava como agenciador de cargas em um posto de Jaboatão nos últimos meses e era uma pessoa muito conhecida. "Estávamos em uma angústia violenta, pois não descobríamos nada. No dia 30 [novembro], ele estava conversando com minha mulher e disse 'mãe, depois eu lhe ligo'. Depois nunca mais conseguimos [falar com ele], só dava na caixa de mensagens. Não sei como vamos fazer para trazer [o corpo]. É um custo alto", conta João Francisco Barbieri, pai da vítima.
A última vez que foi visto com vida, Eder estava dirigindo o próprio carro, um Voyage verde, rebaixado e com rodas personalizadas. "Ele estava sem camisa, muito tenso, com outros três caras sem camisa também. A pessoa que o viu estranhou, ele era uma pessoa muito alegre, comunicativa, que sempre fazia festa com os amigos", diz a delegada. Ele tinha saído de casa por volta das 11h30 e dito a conhecidos que iria visitar a namorada, em Maceió (AL), mas não chegou a viajar, segundo as investigações.
Ao menos quatro pessoas são suspeitas de envolvimento com o crime. "Temos os três homens do carro e também alguém que teria mandado matar, mas ainda não temos uma motivação. Não podemos descartar nada. Muita gente conhecia ele, até ontem ele estava desaparecido, agora que está sendo dado como morto. Vamos intimar as pessoas para avançar nas investigações", detalha Gleide.
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