sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Agricultores e indústria não chegam a acordo sobre preço do fumo

Produtores queriam aumento de 9,6%, mas a indústria ofereceu 7%. Área com tabaco nos estados do Sul do Brasil é de 223 mil hectares.

O preço do fumo para a safra 2012/2013 ainda está indefinido. Após duas rodadas de negociação, agricultores do Rio Grande do Sul e a indústria não chegaram a um acordo sobre o índice de reajuste. A área cultivada de tabaco nos três estados do Sul do Brasil é de 223 mil hectares este ano. Houve aumento de cerca de três mil hectares em relação à safra passada. A colheita do fumo vai até fevereiro.

A família do agricultor Gerson Luís Soder já secou metade do fumo cultivado este ano na pequena propriedade de 16 hectares, que fica no município de Santa Cruz do Sul, região gaúcha do Vale do Rio Pardo. As folhas são de boa qualidade. O agricultor ainda não sabe quanto irá receber pelo quilo colhido nos 35 mil pés na fazenda. Os agricultores queriam 9,6% de aumento, mas a indústria ofereceu menos. “Sete por cento é pouco ainda. Se subir muito, o pessoal não compra só o B1. Tem que ver a média”, diz o produtor.

O chamado B1 é o fumo de melhor qualidade. O quilo do virginia, cultivado em 85% das lavouras do sul do país, está cotado em no máximo R$ 8,15.

Na segunda reunião, a Associação de Fumicultores do Brasil (Afubra) aceitou reduzir o índice para 8,25%. Mas a proposta estaria no limite. Segundo a associação, um reajuste menor pode comprometer o lucro dos agricultores.

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