Mulher morreu ao receber choque durante temporal em Porto Alegre. Perícia constatou que motor de portão eletrônico estava energizado.
A Polícia Civil divulgou nesta terça-feira (08) imagens das câmaras de segurança do prédio onde uma mulher morreu após receber uma descarga elétrica na noite de segunda-feira (07), durante a chuva forte que caia em Porto Alegre. A reportagem é do RBS Notícias (veja o vídeo).
A argentina Norma Adriana Gonzales, de 47 anos, recebeu o choque após descer de um táxi na Avenida Andaraí, na Zona Norte da capital. A perícia confirmou que a caixa do portão eletrônico do condomínio estava energizada, fator que, somado ao alagamento da rua, pode ter resultado na descarga elétrica.
As imagens do circuito interno do edifício mostram o momento em que moradores do prédio tentam socorrer a vítima. Eles encontram dificuldades para retirar a mulher da calçada alagada, pois também são repelidos pela eletricidade.
Depois de mais de 10 minutos, os moradores conseguem carregar a mulher para dentro da garagem, com a ajuda de um pano torcido. No local, são feitas massagens na tentativa de reanimar a vítima. A mulher, no entanto, não resiste à intensidade do choque e morre no local.
"Quando eu vi, ela caiu. Achei que era só uma queda, mas quando eu fui ajudar, comecei a levar choque e vi que não tinha sido só uma queda", conta a psiquiatra Anelise Carvalho Figueiredo, amiga da vítima e dona do apartamento onde a mulher estava hospedada.
Nesta terça-feira (08), técnicos da CEEE voltaram ao local para mostrar aos peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) onde haviam encontrado o ponto de fuga de energia elétrica. Ficou confirmado que a tampa do motor do portão eletrônico estava energizada, assim como a cerca do prédio em contato com ele e possívelmente parte do piso.
Um inquérito foi aberto para investigar o caso. A polícia vai ouvir testemunhas e os responsáveis pela empresa que instalou e faz a manutenção do portão eletrônico para verificar se houve negligência. Nesse caso, poderá ocorrer indiciamentos por homicídio culposo, sem intenção de matar.
"Ela morreu por eletroplessão pela descarga da corrente elétrica do condomínio através desse curto-circuito, vamos dizer assim, do portão. Há uma empresa especializada na manutenção do portão. Então, se houve alguma falha humana nessa montagem, a responsabilização recairá sobre algum funcionário dessa empresa", diz o delegado Carlos Miguel Xavier, responsável pelo caso.
O laudo da perícia deve ficar pronto em até 30 dias. O corpo da mulher ainda está no Departamento Médico Legal (DML) e será liberado após a chegada de familiares. Natural de Buenos Aires, a pecuarista vivia há cinco meses na capital gaúcha.
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