Equipamentos começam a ser usados já em fevereiro, diz Susepe. Monitoramento eletrônico pode evitar fugas do regime semiaberto.
Depois de dois anos, presos do Rio Grande do Sul voltarão a ser monitorados com tornozeleiras eletrônicas. Os equipamentos começam a ser usados já no mês de fevereiro e, segundo as autoridades, podem ajudar da ressocialização dos detentos e prevenir fugas do regime semiaberto.
Conforme o acordo entre a empresa paulista vencedora da licitação e o governo do estado, feito no fim de dezembro, os equipamentos serão fornecidos por R$ 260 a unidade.
O custo será menor que o pago pelo aluguel de 180 unidades usadas em 2010, na primeira tentativa de monitoramento eletrônico feita no estado. Na época, elas ficaram em uso por seis meses, período de duração do contrato de emergência.
O treinamento dos servidores que vão trabalhar com a nova tecnologia começa no próximo dia 20. Nos primeiros seis meses, serão colocadas em uso 400 tornozeleiras. Este número deve chegar a 4 mil em cinco anos.
O novo modelo, à prova d'água, chama atenção pelo tamanho e peso. É semelhante a um relógio de pulso e, segundo o fabricante, pesa menos de 300 gramas, a metade do peso das tornozeleiras usadas anteriormente.
De acordo com a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), o equipamento garante a localização do preso, porque une o sistema de GPS, a localização por satélite, com a tecnologia de telefonia celular. Assim, quando o detento sair do trajeto permitido, a Susepe será alertada.
“Existe uma cinta de fixação que possui uma fibra ótica e que, qualquer tentativa de ruptura dessa cinta, vai ser também avisado para sistema”, explica o especialista em análise de sistemas da Susepe, Fábio Heinen.
O equipamento vai ser usado por apenados em prisões temporárias ou preventivas e detentos do regime semiaberto.
“Presos do semiaberto com trabalho externo efetivamente estão na rua. Nós acreditamos que, dessa forma, é um passo importante para o retorno ao convívio social, com monitoramento constante”, afirma o chefe de gabinete da Susepe, Jairton dos Santos.
Presos que descumprirem as regras ou estragarem as tornozelerias voltarão ao regime fechado, além de responder processo por dano ao patrimônio público, garante a Secretaria de Segurança Pública.
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