sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

No cerco ao contrabando, polícia usa avião que se esconde nas nuvens

Por terra, água e ar, conheça as novas armas da polícia no combate ao contrabando na fronteira com o Paraguai.


Contrabandistas e traficantes tentam o tempo todo passar despercebidos pela fronteira. Para trazer pneu, um artigo proibido, eles fazem o novo parecer usado em segundos. Com uma lâmina, eles cortam os pelos do pneu e põem para rodar. “Nós tiramos o pelinho, sujamos e aí parece pneu velho”, comenta um traficante.

Outra estratégia é fingir que os produtos são legalizados. Um camelô oferece notas fiscais clonadas de empresas do Brasil. “Você queria São Paulo, Paraná? Que mercadoria? É informática? Uma folha eu faço US$ 50”, diz o camelô.

Depois de cruzar a fronteira com os produtos, os contrabandistas abastecem depósitos. De lá, as cargas são distribuídas para todo o país, camufladas principalmente em carros de passeio. Um veículo transportava quase 25 pneus, um dentro do outro. Também havia eletrônicos, roupas e quase cem frascos de perfume. Para dar espaço a tanta mercadoria, só sobrou o banco do motorista.

Enquanto os contrabandistas e os traficantes buscam frequentemente novas formas de enganar a fiscalização, os órgãos de repressão se preocupam em monitorar essa movimentação para identificar qual é a melhor maneira de se combater esses crimes.

As operações, quase sempre, terminam em tiroteio e em confronto direto. Um helicóptero daReceita Federal patrulha a área e repassa informações para a equipe de terra. O problema é que, quando os contrabandistas percebem a aeronave, voltam para o Paraguai.

Por isso, a Polícia Federal escolheu a região de fronteira para usar o Veículo Aéreo Não-Tripulado (Vant). É um avião pequeno, silencioso, capaz de voar muito alto e de se esconder entre as nuvens. Para deter quem tenta escapar pelo aeroporto, foi instalado um equipamento que identifica droga no corpo. É a primeira cidade do interior do país a contar com essa tecnologia.

“O caminho é este. As instituições estão organizadas para combater esses crimes. Claro que sempre há questão de pessoal e recurso. Quanto mais pessoal e mais recurso, a gente tem condições de fazer um combate mais forte”, afirma o delegado Rafael Dolzan, da Polícia Federal.


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