domingo, 1 de janeiro de 2012

Novos valores de pedágio entram em vigor neste domingo

Novos valores de pedágio entram em vigor neste domingo
Muita gente foi pega de surpresa ao saber das novas tarifa do pedágio, que se inicia as zero hora deste domingo, dia 1º de janeiro, e que terá aumento de 7,7%. E a reação não foi nada favorável. Para motoristas que se deslocam em veículos leves, e que usam quase que diariamente o pedágio do Capão Seco, entre Rio Grande e Pelotas, o preço subiu de R$ 7,80 para R$ 8,40. Os R$ 0,60, com certeza farão muita diferença. Ao final do dia, serão R$ 1,20 a mais. E se contados cinco dias por semana, serão R$ 24 ao mês.
Se comprarmos, uma passagem de ônibus, do terminal rodoviário do Rio Grande ao de Pelotas, o custo é de R$ 9,15. Se for da parada na ERS-734, próximo ao Trevo, com parada no IFRS, antiga Escola Técnica em Pelotas, o valor é R$ 7,15. Na verdade, compensa mais ir com o transporte coletivo, sem o estresse da viagem, da estrada e sem comprometimento com o volante.
Para os caminhoneiros, a situação é mais difícil ainda. Embora os preços sejam diferenciados por eixo, os de cinco eixos, que pagavam R$ 27,90, a partir de domingo, estarão pagando R$ 29,10. Indo e vindo de Pelotas, por exemplo, irão desembolsar R$ 58,20 no lugar dos R$ 55,80, e que já era considerado "um absurdo" pelos profissionais. A principal reclamação dos motoristas, na relação custo/benefício, é quanto a qualidade do serviço prestado, principalmente o estado da estrada, a BR-392 (Rio Grande/Pelotas) e a BR-116 (Pelotas/Porto Alegre).
O caminhoneiro Leonardo Marques da Silva, que não sabia do aumento, indignou-se. Disse que com o preço de hoje gastava R$ 162 para ir e vir de Camaquã. "E agora, quanto mais vou ter que pagar para trabalhar. Se a estrada fosse boa, mas é tão ruim, com tantos desníveis, que este ano já tive que soldar três vezes a minha carreta".
O paulista João Batista, também caminhoneiro, assustou-se ao saber da nova tarifa. "Eu não sabia desse aumento. E é um roubo. Uma vergonha o preço que pagamos para trafegar em uma estrada dessa qualidade". Há 33 anos na profissão, garante que em estradas de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, por exemplo, além de ser extremamente mais baixo o valor, se a carreta transitar com eixo erguido não paga. "Aqui não. Paga tudo, até o que não se usa. este lugar é maravilhoso para morar, mas horrível para trabalhar", resume.
Há 10 anos, dirigindo pelas estradas o também caminhoneiro Loreno Cardoso enfatiza que o novo preço não é justo. "As estradas são horríveis, cheias de desníveis, buracos. Em outros lugares além da tarifa ser bem mais em conta, a faixa é muito melhor". Anderson Borges acabou de comprar um carro. E já foi quatro vezes a Pelotas. Se assustou ao saber que pagaria mais pelo curto trecho. "Se a estrada fosse condizente, tudo bem. Mas pagar R$ 16,80 para ir a uma cidade vizinha e com a estrada nesse estado, é um absurdo".
O diretor superintendente da Ecosul, engenheiro Roberto Paulo Hanke, informa que as tarifas foram atualizadas conforme Resolução nº 3754, de 20 de dezembro de 2011, da Agencia Nacional de Transportes Terrestres/ANTT, publicada no Diário Oficial da União, seção I, em 22 de dezembro de 2011, e são válidas para os postos de pedágio nas praças de Retiro, Cristal e Pavão, da rodovia BR-116/RS, trecho Camaquã - Jaguarão e nas praças Capão Seco e Glória, da rodovia BR-392/RS trecho Rio Grande – Santana da Boa Vista. "A tarifa, conforme a resolução, é determinada pelo Governo Federal, cabendo a Ecosul cumprir", ressalta Hanke. 
Pedágio a menos de R$ 2 em São Paulo e Minas
Os motoristas dizem não entender porque em outros estados, e mesmo dentro do Rio Grande do Sul, os pedágios tem uma diferenciação muito grande de preço se comparado ao daqui. Quem utiliza a BR-116, veículo leve, trecho São Paulo/Curitiba (Rodovia Régis Bittencourt), vai pagar R$ 1,80 pelo pedágio, que atualmente custa R$ 1,70. O reajuste vale para as praças de Itapecerica da Serra, Miracatu, Juquiá, Cajati, Bara do Turvo e Campina Grande do Sul.

Outro exemplo é a BR-381, trecho Belo Horizonte/São Paulo, explorado pela concessionária Autopista Fernão Dias, e onde o valor para veículos leves é R$ 1,40, em oito praças de pedágio. No que diz respeito às diferenças de tarifas, o diretor superintendente da Ecosul informa que "há de serem observados itens importantes em cada uma das Concessões existentes. Fatores como VDM (Volume Diário Médio), extensão do trecho concedido e volume de obras são fundamentais na composição da tarifa", enfatiza. Informa que o custo da tarifa/km da Ecosul é de 0,05 (cinco centavos de real), a média da tarifa/km das concessões da 1ª etapa, inclusive as gaúchas é R$0,13 e a média das concessões da 2ª etapa é de R$0,04.
"A extensão do trecho concedido a Ecosul é de 623,4 quilômetros com um VDM equivalente de 42 mil veículos, e concessões da 2ª etapa do programa do Governo Federal, tem na média entre estas, um VDM de 276 mil veículos, e em algumas, este número é superior a 350 mil veículos/dia. A extensão média das concessões da 2ª etapa é de 400 quilômetros”, finaliza.

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