quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Rio Grande do Sul pode ganhar prisão só para os dependentes químicos

 Governo estadual anuncia nesta quinta-feira intenção de construir centro para tratar detentos que usam drogas


O Rio Grande do Sul poderá ter a primeira prisão específica para detentos dependentes químicos no país. 

A promessa é do governo estadual, que anuncia hoje a intenção de construir o Centro de Referência para Privados de Liberdade Usuários de Álcool e Outras Drogas – como será conhecida essa unidade prisional.

É um presídio com objetivo de possibilitar a reabilitação dos presos durante o período em que estiverem cumprindo pena e terá capacidade para 351 detentos.

Hoje existem locais específicos para dependentes químicos no sistema penitenciário – o Presídio Central tem inclusive uma ala para 90 pessoas nessas condições, que ficam separadas da massa carcerária, dentro do pavilhão E – mas nenhum presídio específico para esse tipo de detento. 

Com uma proposta pioneira, a nova casa prisional deve ser sem celas e dividida em três blocos. Os presos ficarão em alojamentos coletivos, dotados de banheiro, refeitório, pátios interno e externo. Existirão grades, mas elas se limitarão a impedir a saída dos blocos.

— É um projeto arquitetônico diferenciado, que não lembra uma casa prisional, com atividades educacionais e de saúde — resume um experimentado funcionário do sistema penitenciário gaúcho.

Uma das ideias é construir a unidade em Canoas

Ainda não está decidido, mas é quase certo que a prisão para dependentes químicos será em Canoas, num terreno com mais de 50 hectares, pertencente à prefeitura canoense e que fica nas proximidades da Estrada do Nazário. É o ponto em que Canoas faz limite com os municípios de Esteio e Cachoeirinha, uma grande área baldia, nos fundos do bairro Guajuviras.

O centro de referência seria um dentre cinco unidades previstas para um complexo prisional no bairro Guajuviras que o governo do Estado projeta naquele município, com um total de 2,8 mil vagas. A promessa mais antiga, de uma penitenciária estadual, ainda não saiu do papel.



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