sexta-feira, 30 de março de 2012

Palestra marca a abertura da 1ª Feira Imobiliária do Rio Grande


Uma palestra que teve por tema “Perspectivas do crédito imobiliário para a região Sul”, proferida pelo gerente de Clientes e Negócios da Superintendência Nacional de Atendimento da Área Sul da Caixa Federal, Ubiraci Rodrigues, marcou a abertura da 1ª Feira Imobiliária do Rio Grande, que acontece dentro da 14ª Festa do Mar. A atividade aconteceu na manhã de ontem, 29, no auditório da Câmara de Comércio.
O presidente do Sinduscon Rio Grande, Airton Viñas, que promove a feira, falou que a Festa do Mar estava carente de um evento de negócios. "Nossa proposta é impulsionar este evento e também a economia do município do Rio Grande”. O prefeito Fábio Branco elogiou a iniciativa de conciliar a Festa do Mar com a Feira Imobiliária e destacou que a questão da habitação. “É um gargalo que está se encaminhando para uma solução”. Citou como exemplo a aprovação de mais de 25 mil lotes em Rio Grande aprovados pela administração municipal, “número maior que as moradias existentes em mais de 70 por cento dos municípios no Estado”.
No início da palestra, foi exibido um comercial da Caixa Econômica Federal. Em seguida, o palestrante Ubiraci Rodrigues destacou que “não tem como falar em crédito imobiliário sem falar na Caixa", disse, enfatizando que em 2005 foram aplicados R$ 8 bilhões em habitação, em 2011 R$ 86 bilhões e a pretensão de aplicar R$ 92 bilhões em 2012. O programa Minha Casa Minha Vida foi lançado em março de 2009 para aumentar o acesso à casa própria, reduzindo o déficit habitacional; aumentar o investimento na construção civil e a geração de emprego. Também foi lançado para que o Brasil atravessasse a crise internacional de 2008 de maneira mais leve, com a geração de empregos.
"A estimativa inicial era de construir 400 mil unidades, mas o presidente Lula determinou que deveriam ser 1 milhão de unidades. Agora a Europa atravessa uma séria crise e, de novo, precisamos da construção civil para que o reflexo da crise europeia seja menor no Brasil. Estamos projetando 2 milhões de unidades para o Minha Casa, Minha Vida e o PAR vai aumentar em 400 mil unidades. De novo a construção civil está sendo chamada e espero que as empresas do Rio Grande também atendam ao chamamento”, salienta Rodrigues.
Conforme o palestrante, o Minha Casa Minha Vida construiu 1.005.000 unidades no Brasil, sendo 70.389 no Rio Grande do Sul, 6.948 na Superintendência Regional Extremo Sul, sediada em Pelotas e com abrangência em 36 municípios e 660 unidades em Rio Grande. ”Muito pouco para o que vai acontecer em Rio Grande”,observou.
Ubiraci Rodrigues lembrou que em março de 2011 a presidenta Dilma Rousseff lançou o Minha Casa, Minha Vida 2 para construir dois milhões de unidades. “Até agora a Caixa fez 445.713 unidades, um número muito pequeno. Por isso, este ano, devemos produzir muitas unidades. Foram R$ 22 bilhões aplicados até agora e, assim, vamos passar os R$ 100 bilhões aplicados em crédito imobiliário”, informou. No Rio Grande do Sul foram 35.913 unidades, na Superintendência Extremo Sul 2.339, enquanto em Rio Grande foram 293 unidades.
“Ao contrário do que alguns pensam, com toda essa comercialização, o "boom" imobiliário ainda não passou no Brasil. Só que as vendas agora não são tão rápidas como no começo, quando se lançava um prédio e se vendia no final de semana. Mas segundo os especialistas se consegue vender imóveis até 2020 porque o déficit no Brasil é muito alto”, acrescentou Rodrigues.
Durante a palestra foram mostradas notícias de jornais e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) onde diz que o financiamento imobiliário cresceu 22% somente em janeiro e que a classe C pretende comprar imóvel nos próximos dois anos. Rodrigues comentou que “a construção civil no Brasil representa 4,5% do PIB. Em qualquer país desenvolvido ela representa quase 30% do PIB. Digo isso só para ter uma ideia do quanto a construção ainda pode crescer. A classe C é a nova classe média, atendida pelo Minha Casa, Minha Vida e composta em sua maioria por jovens. Para essa classe não compensa pagar aluguel, porque o financiamento hoje está muito fácil e ela tem consciência disso e tem muita gente dessas em Rio Grande. É gente que mora com os pais e entram na real necessidade de moradias”.
Concluiu afirmando que “cada vez mais o Governo Federal vai alimentar a construção civil para diminuir também os efeitos da crise na Europa. E Rio Grande, vive um momento melhor que o resto do Brasil. Do ponto de vista da Caixa vai ser pé no acelerador até 2016 com a construção civil e crédito imobiliário”.

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